O sutiã é um clássico
objeto considerado o antissexista da libertação feminina. Uma
manisfestamento ocorrida nos EUA, na década de 1960, fez da queima
do sutiã” em praça pública (que não aconteceu) um marco da
revolução feminista. Porém, a história é recheada de momentos
que selam a luta da mulher por seus direitos.
A definição do filosofo francês Lipovetsky sobre “a mulher indefinida” é a
representação do abandono às raízes machistas, pautadas em
caminhos sociais pré-traçados. Ao longo do tempo, a existência
feminina tornou-se um processo de escolhas sem definição prévia.
Hoje é fato, niguém define mais a mulher. Em muitas sociedades é
possível vê-la participar efetivamente dos papéis antes restritos
ao homem.
O poder feminino é
encontrado desde muitos séculos passados com Elisabeth I, Catarina,
a Grande, Cleópata, Margareth Thatcher, entre tantas outras figuras
importantes. O Brasil tem a primeira mulher a ocupar o cargo de
Presidente da República. Dos 38 ministérios e órgãos centrais da
União, dez são atualmente chefiados por mulheres. Este ano, pela
primeira vez no mundo, uma mulher assume o comando de uma empresa petrolífera.
Essa realidade cada vez
mais presente trouxe inquietação às Ciências Sociais, que buscou
nos estudos de gênero argumentos acerca das diferenças entre homens
e mulheres que vão além das causas biológicas e esbarram em
origens socioculturais.
Pois bem, um olhar mais
atento nos mostra que a questão da igualdade é mais complexa do que
parece... O que dizer, por exemplo, da vida das mulheres no Islã ou
ainda da tradição africana de mutilação genital feminina que
acontece ainda hoje?
Gláucia Vola
Editora da Revista
Sociologia
fonte: Revista Revista
Sociologia n.º 41
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